terça-feira, 29 de novembro de 2011

MaYan - 26-11-2011 - São Paulo - SP (Carioca Club)


Por Juliana Lorencini

O MaYan banda liderada por Mark Jansen, se apresentou no último sábado dia 26 de novembro em São Paulo, o show que encerrou não só a turnê sul-americana como as atividades da banda por esse ano trouxe além de Quarterpast, álbum de estréia lançado esse ano pela Nuclear Blast Records, Epica, Iron Maiden e After Forever, com a volta triunfal de Floor Jansen aos palcos.
A abertura ficou por conta da Melline, com um set list curto e um cover de Iron Maiden, a banda subiu ao palco muito antes do que imagina fazer. E conseguiu de alguma forma entreter aos poucos fãs presentes no local até o momento.

Com alguns minutos de antecedência, o MaYan opta por subir ao palco mais cedo, segundo a produção do evento uma escolha da banda para que pudesse tocar mais músicas do que as já anunciadas. Formada por Mark Jansen (vocal), Jack Driessen(teclados), Frank Schiphorst ( guitarra ), Rob van der Loo ( baixo ), Ariën van Weesenbeek ( bateria ) e Isaac Delahaye (guitarra), membros do Epica, ReVamp, Sons of Seasons e ex-membros do Delain e do After Forever ao todo são 11 integrantes no palco, que por mais incrível que pareça, soam extremamente harmoniosos.


Mark sem dúvidas era o mais empolgado, o vocalista brincou o público durante todo o show além de fazer constantes elogios aos seus companheiros de palco. Para a primeira surpresa da noite, durante Incentive, cover do Epica, Mark foi até um espaço entre o palco e grade e fez questão de cantar mais da metade da música junto aos fãs. Entre outras graçinhas do musico, num determinado momento Mark escolheu uma fã a qual fez questão de apontar fixamente e mandar um beijo direto para a moça. Simone também não passou ilesa, quando Mark a pegou pelo braço e a girou, deixando-a um pouco tímida.

Henning Basse vocalista do Sons of Seasons surpreendeu a muitos que ainda não o conheciam, com um vocal bem marcado, Basse não só conduziu muito bem as faixas que lhe cabiam no MaYan e fez uma ótima interpretação ao cantar quatro músicas do Iron Maiden “The Number of the Beast”, The Trooper Fear of the Dark Run to the Hills
A cantora de ópera italiana Laura Macri em Sole Mio, é impossível negar que Laura de certa forma roubou a cena, mesmo entre vocalistas consagradas pelo público como Simone e Floor, a verdade é que Laura cantou e encantou a todos e se mostrou muito competente em fazer seu solo, encarando sozinha a platéia.

Outro grande momento da noite foi a quando “Cry for the Moon” uma das músicas mais conhecidas do Epica sugiu no show, muitos fãs que já aguardavam por algo do tipo, mas não esperavam que a sequência seria com “Follow in the Cry”, do After Forever, Floor Jansen pode mostrar que está mais recuperada do que nunca dos problemas dos saúde que impediram se de apresentar esse ano com sua banda ReVamp. Sua vinda ao Brasil com o MaYan já foi de fato uma grande surpresa para os fãs da cantora.

O MaYan encerrou o show em grande estilo, com todos os membros no palco, após um grande show, mostrando não só o carisma da banda como sua versatilidade. Para fechar a noite com chave de ouro, alguns dos poucos fãs que aguardaram para sair da casa tiveram uma grande surpresa, a primeira delas foi Floor, que voltou após o show pelo palco e desceu até a pista, em seguida Mark e mais alguns integrantes se fizeram presentes e garantiram uma noite inesquecível para os fãs da banda.

Set List
Symphony of Aggression
Mainstay of Society
The Savage Massacre
Quarterpast
Course of Life
Essenza di Te
Incentive
Celibate Aphrodite
Iron Maidley
The Number of the Beast (Iron Maiden Cover)
The Trooper (Iron Maiden Cover)
Fear of the Dark (Iron Maiden Cover)
Run to the Hills (Iron Maiden Cover)
Bite the Bullet
Drown the Demon


Bis
O Sole Mio
War on Terror
Sinner's Last Retreat
Cry for the Moon
Follow in the Cry





quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sirenia - 30-10-2011 - São Paulo - SP (Blackmore Bar)

Por Juliana Lorencini

Em turnê para divulgação de seu mais recente trabalho "The Enigma of Life", lançado recentemente pela Nuclear Blast Records, o Sirenia, banda formada pela vocalista espanhola Ailyn e o guitarrista norueguês Morten Veland (ex-Tristania), se apresentou em São Paulo no último dia 30 de outubro, no Blackmore Rock Bar. 

A abertura ficou por conta do Ravenland, registrando a estréia de Juliana Rossi (Hevora) nos vocais, a banda brasileira trouxe uma sonoridade bastante pesada e um set list composto por músicas próprias além “Mercyside”, cover do Tristania, O Ravenland conseguiu empolgar o público que aguardava pela atração principal da noite.

Morten abre a noite saudando a todos em português, dizendo algo como “Boa noite! Como estão vocês amigos?”, o guitarrista mostra que o tempo que esteve no Brasil serviu dentre outras coisas para que ele aprendesse um pouquinho do nosso idioma.

Em seguida é a vez de Ailyn, apesar de muito carismática e atenciosa com os fãs, além de uma ótima postura de palco distribuindo sorrisos e acenos, a vocalista se limitou apenas a perguntar em alguns momentos se o público gostaria de ouvir mais uma música.
Usando samplers para substituir os teclados e baixo, que originalmente são gravados por Morten em estúdio, além dos coros impossíveis de serem reproduzidos ao vivo, Jan Erik Soltvedt (guitarra) e Jonathan A. Perez (bateria) foram escolhidos para acompanhar a banda nessa turnê.

O Sirenia trouxe para São Paulo o mesmo set list que vem apresentando durante toda sua turnê sul-americana, ao todo foram 21 músicas passando por todas as fases da carreira da banda. O contraste entre a suave voz de Ailyn, que em diversos momentos foi encoberta pela bateria e o gutural de Morten, que ao vivo soa muitíssimo bem, mostraram porque o Sirenia tem se destacado nos últimos anos com seu gothic/simphonic metal no país tido como reduto de bandas Black Metal.

Com apenas uma pausa durante toda a noite, a banda volta ao palco para o bis, é nesse momento em que Morten mais uma vez se digire aos fãs, apesar de uma postura mais séria e centrada, o guitarrista conversa com o público e anúncia “The Path To Decay”. Para encerrar a noite a escolhida foi “My Mind's Eye”, onde Morten se despede dos fãs mais uma vez em português. 

Essa foi a segunda apresentação da banda em São Paulo, o Sirenia que havia tocado na noite anterior com a casa cheia não desapontou a nenhum fã, mesmo com um público menor. No final da noite Morten e Ailyn ainda receberam a todos da imprensa e fãs que ainda queriam fazer seus registros com banda.

Set List Sirenia
Obire Mortem (Intro)
The End of It All Play
Downfall
Fallen Angel
All My Dreams
Meridian
A Seaside Serenade
Fading Star
The Seventh Summer
El Enigma de la Vida
The Twilight in Your Eyes
Star-Crossed
Winter Land
Oscura realidad
Lost In Life
The Other Side
Encore:
The Path To Decay
My Mind's Eye

Resenha publicada no Metal Revolution: http://metalrevolution.net/blog/2011/11/03/sirenia-30-10-2011-sao-paulo-sp-blackmore-bar/

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Cruachan - 12-10-2011 - São Paulo - SP (Blackmore Bar)

Por Juliana Lorencini
Fotos por Juliana Lorencini

O Cruachan, um dos mais antigos e tradicionais grupos de Folk Metal do mundo, finalmente desembarcou no Brasil. Os irlandeses se apresentaram no tradicional Blackmore Rock Bar, em São Paulo, e ratificaram o porquê de ser apontado como influência para diversas outras bandas do gênero. Formada por Keith Fay (vocal, guitarra, teclado, bodhrán, mandolin, percussão), John Clohessy (baixo), Colin Purcell (bateria, percussão), John Ryan Will (tin whistle, violino, banjo, bouzouki, teclado) e John O'Fathaigh (tin whistle) o grupo, que está divulgando o álbum Blood On The Black Robe (2011), tocou para um público pequeno na capital paulista. No entanto, esse detalhe não foi empecilho para que os experientes músicos fizessem um show inesquecível para os fãs.


A abertura ficou por conta da banda Lóchrann. Com muitos integrantes num palco extremamente pequeno, o que mais chamava a atenção era a diversidade visual dos músicos, que vestiam de camisetas de surfe, passando por roupas mais 'headbanger' até a vestimenta tradicional do gênero, com direito até a espada. Animados, eles conseguiram empolgar o público que visivelmente aguardava a atração principal da noite.
Após alguns ajustes no palco, eis que surgem os veteranos do Pagan Metal, Cruachan. A abertura foi com The Horned God, seguida por Maeves March, Pagan Hate e o medley Bloody Sunday/Brian Boru. Com esse começo, os fãs já sabiam o que poderiam esperar para o resto da noite. Sem grandes intervalos entre uma música e outra, limitando-se a anunciá-las e com alguns sorrisos do líder Keith Fay, o Cruachan executou sem intervalos The Great Hunger, Thy Kingdom Gone, Ossians Return, Primeval Odium, Some Say The Devil Is Dead e Pagan.


Com uma sonoridade bem crua, direta e pesada, os irlandeses fizeram uma apresentação curta. Ao todo, foram doze músicas, algumas delas contando com a participação da eufórica Juliana Rossi, vocalista das bandas Hevorah e Ravenland, que venceu um concurso que dava direito a um(a) fã dividir o palco com a banda, nos vocais femininos, já que o Cruachan não possui mais uma ocupante para essa função.


Extremamente simpáticos, os músicos, além de usarem roupas típicas, também estavam descalços. Os destaques são Colin Purcell e John O'Fathaigh, que desde o primeiro momento estabeleceram um diálogo direto com o público, chegando até a brindar com os fãs mais próximos ao palco, seguidos pelo carisma do mentor Keith Fay.


Ao longo da noite, o Cruachan, assim como a banda de abertura, enfrentou diversos problemas técnicos com os microfones da bateria e com a guitarra, que não foram completamente resolvidos. A iluminação também não era das melhores mas, imprevistos à parte, eles não foram suficientes para atrapalhar a performance.

I Am Warrior foi, sem dúvida, uma das mais aclamadas do repertório. A resposta dos fãs foi imediata, acompanhando os vocais de Keith e Juliana, que algumas vezes chegaram a ser encobertos pelo público. A banda saiu do palco e voltou após poucos minutos para o bis, encerrando com o hino Ride On.


Com uma apresentação objetiva, sem muitas pausas para conversas, o Cruachan foi extremamente eficiente ao que se propôs: fazer uma performance madura, agressiva e contagiante. A banda soube como corresponder à expectativa dos fãs do seu tradicional Pagan/Folk Metal, gênero que vem ganhando cada vez mais força no país e atraindo mais bandas internacionais.


SET LIST:
The Horned God
Maeves March
Pagan Hate
Bloody Sunday/Brian Boru
The Great Hunger
Thy Kingdom Gone
Ossians Return
Primeval Odium
Some Say The Devil is Dead
Pagan
The Morrigan’s Call - I Am Warrior
Ride On

Sites relacionados:
www.cruachanireland.com
www.facebook.com/pages/Cruachan/123071141091065
www.myspace.com/cruachanfanpage

Resenha publicada em:
Roadie Crew - http://www.roadiecrew.com/mtOnlineDetalhe.php?id=117