domingo, 14 de outubro de 2012

At The Gates: “Apenas tocamos e nos divertimos!”

O At The Gates é um dos principais nomes que compõe o “New Wave of Swedish Death Metal”, a banda sueca faz parte de um time influente de bandas dentro Death Metal, e se tornaram referencia não somente no seu país de origem como no mundo.

Composta nomes de peso como Adrian Erlandsson (bateria), Tomas (vocal), Anders Björler (guitarra), Martin Larsso (guitarra) e Jonas Björler (baixo), seus integrantes assumiram posições fundamentais em outras bandas como Paradise Lost e The Haunted onde atuam até hoje.

Após o término do At The Gates, em 2007 a banda resolveu retomar suas atividades, com a justificativa de dar um verdadeiro fim à sua carreira como não havia sido feito antes. Porém o At The Gates continua na ativa até hoje e fez seu primeiro show no Brasil no último mês de julho.

O Metal Revolution então aproveitou a oportunidade e conversou rapidamente com o vocalista “Tompa”. A entrevista foi realizada alguns minutos após a apresentação do At The Gates em São Paulo, no Hangar 110.

(To the english version scroll down)

 Por Juliana Lorencini
Metal Revolution: Essa é a primeira vez que vocês vêm ao Brasil, o que você tem achado do país e do público?
Tompa:
Na verdade não temos visto muito, estamos aqui apenas há dois dias. Mas o público estava muito bom!

MR: Esse foi o último show desta turnê. Como foi a turnê em si?
Tompa:
  A turnê tem sido muita boa e o público bem forte, muito especial. Mas ainda temos alguns shows.

MR: Você ainda tem alguns shows em festivais europeus, não?
Tompa:
Sim, eles começam na próxima sexta-feira e sábado, e ainda iremos para Austrália.

MR: Vocês encerraram a banda e então decidiram voltar com a At The Gates. Por que vocês tomaram essa decisão?
Tompa:
  Nós nos separamos porque éramos muito jovens, Sabe? Não sabíamos como ser diplomáticos, acho. E talvez não sabíamos como trabalhar juntos e chegar a soluções diplomáticas.  Não tivemos nenhuma briga, mas concordamos em encerrar a banda. E então decidimos voltar, dissemos que “queríamos encerrar como queremos que isso encerre”, sabe? Escrever nosso próprio fim.

MR: O At The Gates se tornou algo secundário para vocês, uma vez que todos vocês tocam em outras grandes bandas, como Paradise Lost e The Haunted?
Tompa:
  Não, apenas fazemos isso porque realmente é divertido. A banda nos dá muita energia e empolgação vinda do público. E é um momento especial para nós porque quando você toca com uma banda normal você sempre se preocupa com algo, você tem que promover o novo álbum e fazer entrevistas, coisas assim. E com o At The Gates, normalmente nós não fazemos entrevistas, apenas tocamos e nos divertimos!

MR: E essa é a razão pela qual vocês não pensam em gravar um novo álbum?
Tompa:
Sim, agora sim. É apenas como nos sentimos. Sentimos que não faremos mais nada…

MR: Então para o At The Gates isso é o bastante?
Tompa: Não quero dizer nada. Eu já fiz promessas e vamos ver o que acontece…

MR: Vocês são uma das principais bandas da cena Death Metal e tem influenciado muitas outras.  Qual a sua visão sobre a cena especialmente no seu país?
Tompa:
Acredito que a tendência tem mudado um pouco dos aspectos melódicos do Death Metal e bandas tentando escrever mais extremo, pelo menos aqui na Suécia. Isso é sempre bom, um clima muito saudável para tocar em shows.

MR: Há algumas novas bandas que você goste?
Tompa: Claro, estou sempre procurando por coisas novas…

MR: Quais tipos de bandas você está ouvindo?
Tompa:
Bem, isso não é apenas metal, eu mesmo gosto de música alternativa. Bem, estou tentando pensar em uma… (risos).

MR: Acho que você está mentindo para mim, sabe? (risos)
Tompa:
Não, me desculpe… (risos). É apenas difícil pensar sobre nomes. Você conhece Gojira, por exemplo, é uma ótima banda.

MR: Como você administra seu tempo entre o At The Gates e suas outras bandas?
Tompa:
Tentamos gerenciar a logística o quanto antes possível o que é reservado primeiro, é o que acontece. Se alguém tenta marcar algo a mais, então dizemos “não, precisamos verificar…” O At The Gates é muito respeitado, e nós nos gostamos muito, então isso é fácil.

MR: Você são realmente amigos, não?
Tompa: Sim, e isso é confortável, sabe? Algo mais? Não. E tentamos ver o que os outros caras querem fazer, sem problemas.

MR: Muito obrigada pela entrevista e você poderia deixar uma mensagem para os fãs brasileiros?
Tompa:
A hospitalidade que temos encontrado com os fãs tem sido ótima, eles também são verdadeiramente dedicados do coração, e esperamos voltar em breve com algum outro projeto!

ENGLISH VERSION

At The Gates: “We just play and have fun!”

By Juliana Lorencini

Metal Revolution: This is your first time in Brazil. How has Brazil been so far? And what did you think about the audience?
Tompa:
Actually we haven`t seen so much, we have only been here a couple of days. The crowd was very good!

MR: This was your last show on this tour. How has the tour been so far?
Tompa:
The tour has been very good and the crowd has been strong. Very special. But we still have some upcoming shows.

MR: You still have gigs for some European festivals, right?
Tompa:
Yes, we have festivals coming up next Friday and Saturday, and we will do Australia as well.

MR: You ended the band once and then you decided to come back with At The Gates. Why did you take this decision?
Tompa:
We disbanded because we were pretty young, you now? And maybe we didn’t know how to work together and come up with diplomatic solutions. We didn’t have any fights but we agreed to call it quits.  And then when we decided to get back together, we said like “we wanted to end how we want it to end”, you know? Write our own ending.

MR: Did At The Gates become something secondary for you, since you all play in other great bands, like Paradise Lost and The Haunted?
Tompa:
No we do this just because it is fun really. It gives us much energy and excitement from the crowd. And it is a special moment for us because when you play with a regular band you always have think about your career, you have to promote the new album and do interviews and stuff like that. And with At The Gates we usually don’t do interviews, we just play and have fun!

MR: And that is the reason why you don’t think about record a new album?
Tompa: Yeah, right now, yes. It is just how we feel. We feel we won’t do more stuff…

MR: So for At The Gates is it enough?
Tompa:
I don’t want say anything; I already made promises and let’s see what happens…

MR: You are one of the main bands in the Death Metal scene and have influenced many others. What is your view on today’s scene and especially in your country?
Tompa:
I think the trend has moved a little bit away from the melodic aspects of death metal and bands are trying to write more extreme, at least here in Sweden. It has always been good, a very healthy climate to play shows in.

MR: Are there any new bands you like?
Tompa:
Of course, I am always trying to find new stuff…

MR: What kind of bands are you listening to?
Tompa:
Well it is not only metal, I even like alternative music. Well, I am trying to remember one… (laughs).

MR: I think you are lying to me, you know? (laughs)
Tompa:
No, I am sorry… (laughs). It is just hard to think about names. You know Gojira for example is a very good band.

MR: How do you manage to split your time between At The Gates and your other bands?
Tompa:
We try really hard to manage the logistics as early as possible, what gets booked first, is what happens. If someone tries to book something else, so we say “no, we have to see…” At The Gates is very much respected, and then, we like each other so much, so that’s easy.

MR: Are you really like friends?
Tompa:
Yes, so it is comfortable, you know? Anything else? No. And we will try to see what the other guys want to do, with no problems.

MR: Thank you so much for the interview and could you please leave a message to the Brazilian fans?
Tompa:
The hospitality we have met with the fans has been great and the fans are truly dedicated from the heart, and we hope to come back very soon with some other project!

Agradecimentos à Costábile Salzano Jr. (The Ultimate Music) e Svein Sarassen.

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Entrevista realizada para o site Metal Revolution, disponível em: http://metalrevolution.net/blog/at-the-gates-apenas-tocamos-e-nos-divertimos/

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